Pânico se tornou uma das sagas mais clássicas no cinema, não só como filme de terror, mas entre todos os filmes, tanto que tem até uma série sarcástica em cima do longa, e a mascara de Ghostface diria que é a mascara mais famosa que existe. Wes Craven fez seu nome muito bem em cima da franquia, e com motivos, mesmo até com um roteiro ruim, ele conseguiu fazer um filme divertido para os fãs que gostavam do estilo dele.
Pânico 1 já mostra na cena inicial como que funciona o esquema de assassinatos do seu personagem. Uma ligação, uma pergunta: “Qual seu filme de terror favorito?”, a perseguição e a facada, parece simples, mas cada personagem tem um jeito de escapar, uma reação, e assim uma morte diferente.
Daí que surge Sidney, uma menina que está traumatizada pela brutal morte de sua mãe, chega um dia em sua escola, cheia com o pessoal da TV, reportando sobre um assassinato de uma aluna de sua escola, e assim começa uma série que tem como principal alvo a própria Sidney. Além de Sidney, outros 2 personagens tem que ser chamado atenção pela importância que tem durante toda a série. Eles são Gale Wethears ( Courtney Cox) e Dewey Riley ( David Arquette). Gale é uma reporter que quer as melhores notícias sobre os tais assassinatos em Woodsboro e Dewey é um policial bem tonto, mas carismático, que é alvo das partes divertidas do filme.
O longa trata de citar outros filmes de terror anteriores para contar como é feita a idéia dos assassinos e mexer mesmo com o medo das pessoas, traz os personagens mortos como se fosse um telespectador que gosta de filmes de terror, te colocando realmente como um dos personagens.
A trilha sonora foi feita com maior carinho possível, deixando as cenas tensas, com uma trilha realmente tensa. Além disso, essa jogada que Wes Craven usa de fazer um filme comédia com terror é a sacada mais genial possível, pois ele te deixa você com picos de tensão, fazendo quebras com cenas de comédia. Então você nunca sabe quando você vai se assustar ou vai ser uma cena engraçada. É surpreendente.
Pânico 1 tem talvez o melhor final da saga por também ter os melhores assassinos e não dá para saber mesmo quem vai morrer ou não
1999, 3 anos depois do lançamento do 1, vem Pânico 2, com a idéia que: “Nunca a sequência é melhor que o original”, e tenta quebrar esse paradigma, em alguns conceitos consegue melhorar sim, mas em outros não.
Pânico 2 tem como ponto forte as mortes, que são melhores e mais bem elaboradas. Começa com uma brincadeira em que as pessoas estariam assistindo a estréia de um filme que é a história baseada nos fatos do Pânico 1, de novo te jogando como se você pudesse ser um dos personagens do filme, e que alias você poderia até ser morto na sala de cinema assistindo o filme naquele instante.
Alguns personagens que escaparam da morte no 1º, aqui não tiveram a mesma sorte, e também trazem novos que são bem carismáticos como no primeiro, por exemplo, o câmera da Gale que vivia com medo de morrer pelo Ghostface. O final tem revelações forçadas, mas é bem tenso e agitado, podendo até fazer você preferir esse que o original.
Pânico 3 saiu um ano depois do seu antecessor com a idéia de mudar paradigmas que ocorrem em todas as trilogias. Nesse filme, estão produzindo um dos filmes de “Stab”, e que os atores são mortos de verdade em sequência que eles seriam mortos na história original.
Esse filme tem infelizmente o roteiro mais fraco da série disparado, que é salvo pela qualidade do trio principal e as técnicas clássicas e mesmo assim não cansativas do diretor Wes Craven. O final também é o mais perdido, com um assassino extremamente escroto e sem sentido. Talvez foram esses fatos que fizeram a série não seguir em frente como se fosse um “Jogos Mortais”, por exemplo, e ainda bem, não prostituiu a série.
11 anos depois, foi o que demorou para ser lançado Pânico 4, os fãs tiveram que agüentar vários boatos nesse meio tempo, até que Wes Craven ouviu a todos e finalmente fez uma sequência, para se redimir do que ele acabou fazendo no 3.
Stab aqui se transformou num “Jogos Mortais”, fizeram a trilogia baseado em fatos reais, daí depois foram inventadas histórias insanas e horríveis para continuar uma série, foi realmente uma sátira na cara dura ao Jogos Mortais e outros filmes que chegam a ridícula marca de 7 a 8 filmes já com história sem sentido algum.
Sidney depois de muito tempo, volta a sua cidade natal, para fazer o lançamento de seu livro, e traz junto consigo uma nova série de assassinatos do Ghostface. Agora com novas tecnologias, o filme se aproveita disso fazendo brincadeiras, principalmente com “twitcam” ou “Stream” mostrando as filmagens em tempo real, falando também que o assassino agora pode ele mesmo fazer o filme.
Um bom diferencial de Panico 4 são as cenas de morte, com bem mais sangue e impactos das facadas bem mais reais, trazem um grau de tensão bem mais forte. E as cenas de comédia também são bem mais divertidas, os extremos são bem mais abusados aqui, dando uma emoção muito diferente dos outros longas da saga.
Com um final também inesperando, Pânico 4 torna-se assim o melhor filme da Quadrilogia, e nos deixa com um gostinho de quero mais. E agora? Qual seu filme de terror favorito? O meu é Pânico 4
Notas:
Pânico: 9/10
Pânico 2: 8,5/10
Pânico 3: 6/10
Pânico 4:10/10